Como funcionam os radares de velocidade

Como funcionam os radares de velocidade

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Tudo bem que as teorias da conspiração (e as conspirações!) existem – estão aí Mulder e Scully para confirmar algumas delas 😉 – mas daí até achar que o uso obrigatório de farol baixo (ou luz diurna) nas estradas do Brasil foi instituído com o intuito de facilitar o detecção de motoristas em alta velocidade e contribuir para a chamada “indústria da multa” é bem exagerado. Ou então uma indicação de falta de conhecimento…

Lembra quando o seu professor(a) de física te apresentou as equação do movimento uniforme e movimento uniformemente variado

s = s0 + vt

v = v0 + at

(s= espaço; v=velocidade; t=tempo; a=aceleração; s0 e v0 = espaço e velocidade inicial, que neste caso são iguais a zero)

e você perguntou, seja mentalmente ou em alto e bom som:  ” — Pra quê eu vou usar isso, peloamordeDeus??!”?

Então…

E quando ele(a) explicou as ondas e o espectro eletromagnético? Você só pensava na hora da educação física, certo??…rs

Pois bem, o funcionamento dos “radares”, como são chamados popularmente todos os dispositivos para medir a velocidade dos veículos, não utilizam luz visível (como a dos faróis dos carros). Portanto, o uso deles acesos não influencia em nada a leitura e a aplicação de multas, quando necessário.

Existem basicamente três tipos de dispositivos no Brasil: os radares fixos, os móveis com tripé e os portáteis.

Os radares fixos são aqueles que dependem dos circuitos instalados na própria pista para o cálculo da velocidade dos veículos. Chamados tecnicamente de laços indutores, esses circuitos são continuamente percorridos por corrente elétrica, o que cria um campo magnético. A passagem do veículo altera o campo magnético e aciona o processo de medição. São dois ou três laços consecutivos (aquelas marcas no chão, certamente você já viu). Ao passar pelo primeiro, conta-se o tempo até passar pelo segundo e depois o mesmo acontece entre o segundo e o terceiro laço (quando houverem três). Então, usando aquela primeira equação lá de cima, onde espaço percorrido é igual a velocidade vezes o tempo, calcula-se a velocidade do veículo naquele momento. Se estiver acima do limite, a câmera é disparada. Este dispositivo não é um radar, mas um sensor.

barreiraeletronica        fixo

    imagens: www.dnit.gov.br

Já os radares móveis e portáteis, estes sim utilizam o princípio de funcionamento de um radar, que se baseia no Efeito Doppler. Para isso, o aparelho emite ondas eletromagnéticas na faixa de rádio (ou ondas de rádio). Estas ondas, ao se chocarem com os veículos, sofrem reflexão, retornando ao aparelho. Como o veículo está em movimento, a onda refletida terá uma frequência diferente da enviada, permitindo, assim, o cálculo da velocidade por uma equação bem parecida com a lá de cima, só que reescrita com os elementos de uma onda: frequência, comprimento de onda, período, velocidade (veja aqui). Novamente, uma velocidade acima do limite local dispara a câmera.

É isso! Bem resumidinho, claro. Não esqueçam de clicar nos links dos termos da física se quiserem saber mais detalhes teóricos, okay?

Beijos!!!
apoio-50kmh

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